Guia-me a só a razão.
Não me deram mais guia.
Alumia-me em vão?
Só ela me alumia.
Tivesse quem criou
O mundo desejado
Que eu fosse outro que sou,
Ter-me-ia outro criado.
Deu-me olhos para ver.
Olho, vejo, acredito.
Como ousarei dizer:
«Cego, fora eu bendito» ?
Como olhar, a razão
Deus me deu, para ver
Para além da visão —
Olhar de conhecer.
Se ver é enganar-me,
Pensar um descaminho,
Não sei. Deus os quis dar-me
Por verdade e caminho.
1 comentário:
Muito bonito esse!
Postei um do Alberto Caeiro no meu blog e fiz um vídeo com ele. Ficou interessante e estou divulgando para quem gosta do poeta. Passe no meu blog e assista!
http://vervoarpoesia.blogspot.com.br/
abraço!
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